terça-feira, 1 de junho de 2010

Pão e Circo


VALE A PENA RELER, E MUITO.
LEIAM ABAIXO:




PESSIMISMO E REALISMO OU VICE VERSA

Agora que estamos na ante-sala para eleger a candidata que jogará a última pá de terra na nossa dignidade é tempo de reflexões.

Nas últimas semanas, os discursos e as entrevistas da candidata foram comentados à exaustão por jornalistas e analistas. A dama é uma unanimidade. Ela tropeça na coerência, esmaga a língua portuguesa e desdenha do raciocínio lógico. Contudo, nos promete um Estado forte e um continuísmo que empolgam o populacho.

Diante deste infausto quadro, nós integrantes dos míseros 14% que não votam no grande mentecapto, só podemos dizer àqueles que um dia se empenharam em expurgar a ideologia que hoje nos ronda, que lamentamos. Definitivamente, seu esforço foi em vão.

Deploramos os que morreram, foram feridos, os que foram perseguidos, vilipendiados. Lastimamos os que lutaram e hoje estão prostrados pela incúria, pela falta de apoio, pelo descrédito e pela tristeza de saber que tudo foi em vão.

Lamentamos por aqueles que mudaram de lado, se apequenaram soterrados pela falta de dignidade e pelos interesses pessoais ou corporativos, mas que, provavelmente, estão cobertos de riquezas e vantagens.

Pobres os ingênuos que acreditaram na democracia nacional, nas autoridades de antanho e nas suas instituições. Incautos, que combateram por um povo, que o tempo ensinou, não merecia qualquer sacrifício. Nós lamentamos que tantos puderam desmoralizar tão poucos em tão pouco tempo.

Hoje, olhando para trás, quanta tristeza. Será que valeu tanto sacrifício? Os mais veementes poderão rebater com orgulho, e até com empáfia, que valeu.

Pobres crédulos olhem a sua volta e mirem quem são os seus superiores, seus líderes, e verão com lágrimas nos olhos Lula, Dilma, Sarney, Collor, Tarso, Vanucchi e tantos outros de idêntico DNA.

Quem os escolheu? Quem os colocou para gerir e conduzir os destinos da Nação?

Meus amigos, o brasileiro é um pusilânime profissional, por isso afaga aos crápulas, aplaude aos desonestos e aos poltrões, e admira ao seu guru, o epítome de sua falta de caráter, por ele tripudiar sobre as leis, de conduzir a Nação como se fosse um bordel, onde prostitui a grandeza e a honra nacional.

Não adianta reclamar, seu prestígio cresce na razão direta de suas patifarias e incongruências. Esta é a triste realidade. Ao que tudo indica viveremos a sombra do “grande líder”, que indireta e diretamente, ainda escreverá o nosso necrológio, por muitos e muitos anos.

Por tudo, lastimamos. Há 46 anos, escutamos o clamor popular. Pelo jeito, interpretamos mal.

Portanto, lamentamos. É com pesar que admitimos o nosso erro, pois ao contrário do que julgamos, o povo gosta mais é de pão e de circo
. Basta reuni- lo num grande auditório e no palco soltar um calhorda para entretê-lo, que ele estará satisfeito. Mas não fale sobre o futuro, sobre soberania, sobre grandeza, sobre honestidade, sobre herança histórica, dignidade, verdade, lealdade, cidadania, pois tudo desaparecerá diante das hilariantes tiradas do canastrão, de suas grosseiras comparações, de sua autopromoção, de sua esperteza, de suas brilhantes atuações e de seus propalados atos e feitos.

Não importa o crescimento que poderia ter sido alcançado, diante das gaiatices, das fanfarronices e das tiradas quixotescas donosso guia.

Meus céticos amigos é abominável constatar que os nossos esforços foram em vão.

Lamentavelmente, não havia o que salvar.

Não somos pessimistas, mas realistas, em especial, diante do avanço da candidata nas pesquisas e o sofrível desempenho do Serra na campanha, na qual se comporta mais como cabo eleitoral da metamorfose ambulante do que como candidato,

Não sem razão, concordamos com o recente (24/05/2010) texto de Geraldo Almendra e, principalmente, com o seu apropriado título “Patifes esclarecidos e uma sociedade de bosta”

Hoje, porém, por absoluta indignação continuamos escrevendo, pois após a hecatombe, oxalá, emerja dos escombros um novo povo, mais atento, mais responsável, mais honesto, mais cônscio e menos “bosta”.

Brasília, DF, 24 de maio de 2010

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
(a foto é colocada por este blog)

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