quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

AS MORTES POR FRIO DE 50 DOENTES MENTAIS




A primeira foto pertencente à presente matéria.

A foto do fidel e lula é de outra matéira.
Colocamos para que o internauta veja e relembre com quem Lula anda, enquanto morrem de frio os doentes dos hospitais de Fidel Castro.

Leiam abaixo:
Descaso da ditadura com os doentes mentais- (www.CUBALIBREDIGITAL)

AS MORTES POR FRIO DE 50 DOENTES MENTAIS EM HOSPITAL CUBANO GERA DENUNCIA EM COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS


No dia 14 de janeiro, Elizardo Sanchez, diretor da Comissão Cubana pelos Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, emitiu um comunicado afirmando estar “profundamente preocupado com o alto número de mortes evitáveis no Hospital Psiquiátrico de Habana”.

Segundo Sanchez, cerca de 50 pacientes internados em la Mazorra “morreram de hipotermia, o que é um absoluto contrassenso em um país marcantemente tropical como Cuba”.

Joana Duarte , Jornal do Brasil

HAVANA - O psiquiatra alemão Emil Kraepelin, considerado o pai da psiquiatria moderna, certa vez, disse: “O melhor indicador para avaliar as qualidades humanas de um povo é saber como trata os seus doentes mentais”.

É esta célebre frase que estampa a homepage do Hospital Psiquiátrico de la Habana, em Cuba, popularmente conhecido como la Mazorra. Com seus 2.500 leitos, salas de terapia, laboratórios e até um campo de beisebol, o manicômio transformou-se em instituição modelo após a revolução de 1959, conforme indica a propaganda castrista da época. Mas há cerca de duas semanas, uma comissão de direitos humanos de Cuba revelou um lado sombrio e cruel da instituição, fazendo uma denúncia considerada emblemática em relação ao atual estado do sistema de saúde universal e gratuito da Ilha.

As mortes teriam ocorrido na noite de segunda-feira, 11 de janeiro, quando as temperaturas em Cuba atingiram uma baixa recorde de 3,8 ºC. Sanchez, entretanto, sustenta que as condições climáticas extremas foram agravadas pela escassez de comida e a falta de roupas, lençóis e cobertores, além das janelas quebradas do hospital.

Uma enfermeira que trabalha na Mazorra me disse, na manhã do dia 12, que dezenas de pacientes haviam morrido de frio e desnutrição. Antes de divulgar uma nota, esperei para ver se o governo se manifestava, mas as autoridades não disseram uma palavra – garante Sanchez. – Na quinta-feira, decidimos denunciar as mortes por negligência criminal e responsabilizar o governo pela falta de assistência. Trata-se da tragédia mais grave deste tipo já ocorrida em um hospital de Cuba.

Poucas horas após a denúncia, redes sociais e blogs – como o popular Generación Y, da antropóloga cubana Yoani Sanchez – divulgaram a informação, alguns chegando a pedir a renúncia do ministro da Saúde cubano, José Ramón Balaguer. Incapaz de conter o alastramento da notícia, o governo emitiu, na sexta-feira, um breve comunicado na TV. No dia seguinte, publicou uma nota no jornal oficial Granma, informando a morte de 26 pacientes do hospital psiquiátrico, devido “à onda de frio e a doenças respiratórias comuns em pacientes mentais”. Estranhamente, o governo também admitia que houve negligência nos cuidados com os pacientes e anunciava a abertura de uma investigação criminal.

“Os principais responsáveis por estes acontecimentos serão submetidos aos tribunais competentes”, concluía a nota.

Para o jornalista espanhol Joan Antoni Guerreiro, editor do blog Punt de Vista, que trata apenas de temas cubanos, a questão mais preocupante é que os pacientes morreram de frio enquanto hospitalizados, ou seja, sob a custódia do Estado.

Tudo isso mostra que a publicidade do regime, no que diz respeito à assistência médica em Cuba, é simplesmente propaganda – disse Guerreiro. – Os pacientes morreram devido a uma situação de extremo abandono, agravada pelo frio.

Sanchez acrescenta que, embora sua Comissão venha tentando ouvir funcionários do hospital, médicos se recusam a dar entrevista e a segurança no local foi reforçada.

O JB tentou falar com diretores do hospital, mas não obteve respostas. Procurada, a Embaixada de Cuba em Brasilia negou ter qualquer informação sobre o incidente, afirmou não ter contato com fontes do Ministerio da Saúde cubano e sugeriu à reportagem que aguardasse os resultados da investigação oficial.

De Miami, a jornalista cubana Miriam Leiva, do jornal Nuevo Herald, diz que as autoridades de Cuba admitem que o sistema de saúde deteriorou muito nos últimos anos, o que atribuem aos racionamentos ocasionados pelo embargo econômico dos EUA, à crise econômica de 2009 e a problemas internos.

Mas Cuba, rebate Sanchez, é o único país que não aceita cooperação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras ONGs, que poderiam alertar para situações de risco em hospitais, prisões e outras instituições.

– A assistência médica em Cuba é péssima – resume o jornalista Joan Guerreiro, acrescentando que os vizinhos do manicômio estavam acostumados a ver pacientes desnutridos e malvestidos pedindo esmola nas ruas do bairro. – Já visitei alguns hospitais cubanos e sei que a realidade difere muito da imagem do sistema de saúde que o regime quer passar. Em Mazorra, como em outros hospitais, é comum o desvio de recursos que, em seguida, abastecem o mercado negro.



Última actualización el Domingo, 31 de Enero de 2010 02:38

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