segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

AINDA HÁ TEMPO PARA REAGIR! ACORDA BRASIL!




AINDA HÁ TEMPO PARA REAGIR! ACORDA BRASIL!
*Osmar José de Barros Ribeiro


O desmonte da outrora poderosa e temida URSS, aliado ao surgimen-to da globalização, foram dois acontecimentos que deixa-ram os comunistas - do Brasil e do mun-do - desarvorados, sem norte e sem qualquer referência. Urgia buscar um sucedâneo para a fonte da ideologia marxista e esse, vamos encontrá-lo no estranho conúbio entre esquerdistas e poderosos grupos econômicos mundiais que sonham com a instalação de uma “nova ordem econômica internacional”, obediente aos seus propósitos.
Essa “nova ordem” busca, para que possa ser implantada com êxito, o enfraquecimento do Estado e, em boa parte, a sua substituição pelas Organizações Não Governamentais (ONGs) no estabelecimento das políticas públicas. No Brasil, especificamente, as ONGs mais influentes são, como é público e notório, orientadas e subsidiadas por governos e entidades estrangeiras.
Entre nós, tais organismos buscam afas-tar o Estado do papel de indutor do desenvolvimento, debilitar as Forças Armadas, restringir ou impedir o desenvolvimento tecnológico e “last but not the least”, combater os projetos energéticos e viários em curso, notadamente na Região Norte, além de fortalecer as pressões do movimento ambientalista-indigenista visando criar enormes reservas indígenas em áreas de fronteira.
Exemplo gritante e parcialmente abortado é a Iniciativa para a Conservação da Bacia Amazônica (ICBA), lançada em 2005, objetivando coordenar as ações de ONGs ambientalistas-indigenistas, nacionais e estrangeiras, fornecendo-lhes recursos financeiros e orientação técnica para transformá-las em vetores de uma estranha “governança ambiental”, eufemismo para justificar intervenções externas naquelas áreas onde o Estado Nacional não exerce, por qualquer razão, um controle efetivo.
A intenção da ICBA, abrangendo todos os países com terras na Região Amazônica, era dar às tribos indígenas, populações radicadas na área, ONGs e Agências Governamentais estrangeiras, caráter bem semelhante ao de um exército informal e que seguiria orientações vindas do exterior. Notícias publicadas em diferentes órgãos da imprensa alertaram tanto o Ministério das Relações Exteriores quanto o da Defesa e determinaram a suspensão, não se sabe por quanto tempo, da Iniciativa em questão.
Aqui, não é demais ressaltar a influência nefasta, do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), também conhecido como Conselho Mundial de Igrejas Cristãs (CMIC). Criado na Inglaterra em 1937, intimamente ligado à Igreja Anglicana e, através dela, à Coroa Britânica, pretende ser uma organização ecumênica quando, na verdade, não passa de uma fachada que atua, em âmbito mundial, na defesa dos interesses dos grandes grupos econômicos da City londrina, em particular daqueles que operam no setor mineral.
Assinale-se que, por pertinente, o CMI foi e continua sendo o grande incentivador e propulsor da Teologia da Libertação a qual, entre nós, está na origem de inúmeras organizações tais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além de possuir acentuada influência sobre organismos da igreja católica, incluindo aí a CNBB e seus apêndices. Outrossim, diretamente ou por suas “subsidiárias”, o CMI é o responsável último pelas ações do Conselho Indigenista de Roraima (CIR), da mesma forma que o foi na delimitação da chamada Reserva Ianomâmi e, mais recentemente, pela campanha de desarmamento, esta encabeçada pela ONG Viva Rio.
Foi no âmbito da Fundação da Comunidade Britânica (Commonwealth Foundation), criada em 1966, que nasceu o conceito de ONG. E a demonstração insofismável do seu propósito de diminuir ou anular a força dos Estados Nacionais, encontramos num dos seus documentos que afirma, sem meias palavras: “A explosão das ONGs pode ser vista como manifestação de um novo pensamento sobre o papel do governo, que deve ser mais um gestor de políticas do que fornecedor de bens e serviços. Assim, os governos se voltam mais e mais para as ONGs... A privatização, a descentralização e a localização constituem manifestações paralelas da mesma tendência geral.”.

O CMI - Conselho Mundial de Igrejas foi e continua sendo o grande incentivador e propulsor da Teologia da Libertação a qual, entre nós, está na origem de inúmeras organizações tais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além de possuir acentuada influência sobre organismos da igreja católica, incluindo aí a CNBB e seus apêndices.

No Brasil, a influência negativa do referido conceito, que já se fizera manifesta quando da elaboração da “constituição cidadã”, ganhou força a partir do primeiro período governamental de Fernando Henrique Cardoso que classificou as ONGs como sendo Neo Governamentais. E, conforme sabemos todos, tal classificação continua a ser obedecida no atual governo. A verdade insofismável é que, além de alimentar uma vasta rede de ONGs, tanto governos do Primeiro Mundo quanto organismos como o Banco Mundial e outros, enquanto repassam recursos para aquelas e mesmo para órgãos do próprio governo, impõem condições para a sua aplicação nos projetos de desenvolvimento dos países periféricos.
Nosso próprio governo vem repassando, para um número indeterminado dessas organizações e sem qualquer controle eficaz sobre elas, bilhões de reais, dando-lhes atribuições típicas do Estado. Apenas como exemplo, no período 2007/2008, os cofres públicos liberaram, para o CIR, a bagatela de R$61.601.837,24; para a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), R$39.970.016,45; para a URIHI-Saúde Ianomâmi, R$33.792.567,11; para a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), R$26.007.493,67; para o Conselho Geral da Tribo Tikuna (CGTT), R$22.640.624,50. Enquanto isso, os Pelotões de Fronteira vivem à míngua, muitos deles sem combustível, luz e água encanada e, os próprios amazônidas, vivem mil dificuldades ao longo dos rios da região.

Enquanto isso, o Brasil, alvo privilegiado das ações “ongueiras”, ganha destaque negativo nos meios de comunicação internacionais como sendo o principal “vilão ambiental” do planeta. E a mais notória e atual dessas ações é a campanha contra o desenvolvimento da Amazônia, cuja “devastação” vem sendo apresentada à opinião pública, no Brasil e no exterior, como sendo iminente e de resultados globais catastróficos, sempre seguida de pressões no sentido de que aceitemos um controle internacional sobre ela.
Neste caso, o procedimento padrão, inexplicavelmente encampado pelos meios de comunicação nacionais, segue uma seqüência perfeitamente identificável: primeiro, vêm as assustadoras “novidades científicas” sobre o aquecimento global e que impõem a conservação intocada da floresta amazônica, com a criação de enormes reservas naturais e indígenas; ao depois, numa segunda fase, as pressões para que não sejam importadas as “comodities” produzidas na região, sempre acompanhadas de farta e mentirosa propaganda contra projetos de infra-estrutura, quer energéticos quer viários, falsas alegações da utilização de trabalho escravo, etc.
Infelizmente, governos fracos e, ao mesmo tempo, ansiosos por destaque internacional (uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, por exemplo, viria a calhar), permitem que pessoas com um longo histórico de ligações com ONGs tais como WWF, Greenpeace, Instituto Sócio-Ambiental (ISA), SOS Mata Atlântica, IMAZON e outras, ocupem postos de direção em órgãos diretamente ligados à problemática ambiental e indígena.
No momento, estamos às voltas com o prosseguimento desse esforço, agora voltado para a delimitação em área contínua da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, processo iniciado no Governo FHC e sancionado pelo presidente Lula, que o justificou publicamente como forma de atender a exigências externas. O protesto de vários setores da sociedade nacional contra o absurdo em vias de ser perpetrado, as palavras do Comandante Militar da Amazônia em um programa de televisão, as reações de parlamentares e uma ação judicial movida pelo governador do Estado de Roraima, terminaram por levar o problema para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Sentindo que a tendência do STF é fazer com que a demarcação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol seja feita em “ilhas” e não de forma contínua (mesmo porque 150 km separam as áreas da Raposa e da Serra do Sol), o CIR enviou dois representantes tribais à Europa num périplo que, iniciado em Madri, terá continuidade em Bruxelas, Paris, Roma e Lisboa, buscando apoio de governos, de ONGs e das populações européias, à desejada demarcação em forma contínua, tudo coincidindo com o lançamento de uma campanha internacional denominada “Anna Pata, Anna Yan”(Nossa Terra, Nossa Mãe).
De que forma explicar afirmações de Stephen Corry, um dos diretores da Survival International (SI), tais como: “Esta é uma batalha crucial para os indígenas brasileiros e para a Amazônia. Se o arroz e os políticos conseguirem roubar a Raposa Serra do Sol, os índios de todo o Brasil poderão também perder suas terras... nós não podemos permitir que isso aconteça”. Não nos iludamos. A afirmativa do padre Vieira, feita no século XVI, permanece válida e atual: “os estrangeiros não querem o nosso bem; eles querem os nossos bens”.
No dia 27 de junho do corrente ano, em artigo publicado sob o título “Amazônia ou exploração racional”, Hélio Jaguaribe, sociólogo, decano emérito do Instituto de Estudos Políticos e Sociais (IEPS/RJ), membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e autor de várias obras sobre o Brasil, propõe a criação da Empresa Brasileira da Amazônia (Amazoniabras), para garantir a intervenção do Estado na floresta e seu uso racional. Embora pessoalmente não concorde com a proposta de criar mais um órgão público, algumas das afirmações do autor merecem destaque, a saber:
- “A Amazônia é uma região abandonada, entregue a um predatório e primitivo extrativismo da floresta tropical. Gera menos de 10% do PIB anual, quando representa cerca de 60% de nosso território. Sua população (cerca de 23 milhões) constitui menos de 13% da população brasileira. Trata-se, por outro lado, de uma imensa parcela do território nacional, em que operam, sem nenhum controle, inúmeras ONGs estrangeiras, quase todas a serviço de objetivos pouco compatíveis com os interesses nacionais”.
“O dilema com que o Brasil se defronta na Amazônia é extremamente claro: continuada devastação predatória da floresta e sua degradação, além de perigosa intervenção estrangeira completamente fora de controle, ou utilização racional da riqueza vegetal e mineral da região, mediante a atuação não monopolística, de uma grande empresa pública”.
Cremos que a ingerência estrangeira na Amazônia Brasileira, feita através de ONGs sobre as quais não temos qualquer controle e destinatárias de subsídios de governos e instituições externas que exigem, em troca, o direito de orientar a sua aplicação, está levando a um acelerado processo de desnacionalização de toda uma imensa área.
Mais cedo do que se pensa, serão criadas as condições necessárias e suficientes para a formação de “nações indígenas” as quais, sem dúvida alguma, com o declarado apoio da ONU e das grandes potências, logo exigirão a sua independência.
Quando tal acontecer, saibamos reconhecer que o desastre teve início quando da elaboração da atual Constituição e prosseguiu com os governos pós-1985 que aceitaram, de bom grado, as pressões externas e internas do aparato ambientalista-indigenista.

Ainda há tempo para reagir.

Acorda, Brasil!


* Coronel Reformado
ojbr@wnet.com.br


Um comentário:

  1. Caro Omapa certamente que ainda ha tempo mas nao ha muita vontade de agir, pois enquanto as pessoas que deveriam tomar providencias para punicao dos erros trabalha em camara lenta, ou entao nao faz nada, o governo por seu lado e muito agil na pratica dos mais absurdos desmandos. E um atras do outro. O Brasil esta tomado pelas ONGS apenas interessadas em receber dinheiro dos cofres do governo enquanto as filas continuam a acontecer para o horror de quem precisa de um medico e nao tem dinheiro para uma consulta ou cirurgia. Se algo nao for feito este ano de eleicao, nao consigo imaginar o que acontecera com nosso pais. obrigada pelo comentario no Politica...Abracos!

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